O camarão faz parte da alimentação de milhares de pessoas
pelo mundo. Somente nos Estados Unidos, cada americano come, em média, 4
quilos de camarão por ano. O problema é que, por mais saboroso que esse
crustáceo seja, o processo de industrialização dos camarões tem
consequências ecológicas devastadoras.
As informações são do portal TreeHugger.
Segundo o site, o camarão que vai para o seu prato pode sair do seu
estado selvagem ou de um cativeiro. Mas nenhuma das opções é boa para o
meio ambiente.
Carcinicultura é o nome da técnica de criação de camarões em viveiros. Segundo Jill Richardson, esse camarão é mantido em tanques no litoral.
Na Índia, esses viveiros são preparados com doses altíssimas
de produtos químicos, como ureia e diesel, conforme relata Taras
Grescoe em seu livro Bottomfeeder: How to Eat Ethically in a World of Vanishing Seafood. Os camarões criados por lá recebem pesticidas, antibióticos e até soda cáustica.
Os produtores de camarão já destruíram 38% dos manguezais do
mundo para criar esse tipo de viveiro. E o dano é permanente. Quando a
produção termina, os manguezais não voltam a ser como antes, e o entorno
vira um terreno baldio. Segundo um estudo feito
pela Universidade de Yale (EUA), a carcinicultura tonou algumas áreas
de Bangladesh inabitáveis, causando uma crise ecológica.
O camarão selvagem também não parecer ser uma boa opção. Richardson afirma
que para pescar o crustáceo, os pescadores usam
frequentemente traineiras de águas profundas. Esse método é conhecido
como pesca de arrasto, pois as redes em forma de saco são puxadas a uma
velocidade que permite que os peixes e crustáceos sejam retidos.
Essa captura acidental inclui tubarões, arraias, estrelas do mar,
tartarugas marinhas, entre outras espécies. Apesar de a pesca de arrasto
representar apenas 2% do mercado mundial de camarão, é responsável
por mais de um terço das pescas acidentais do mundo.
Exame