A espécie mais perigosa nas grandes cidades é o escorpião amarelo
Moradores
de bairros de São Paulo, como Butantã e Morumbi, estão sofrendo com a
invasão de escorpiões. O problema é mais comum no verão, de acordo com o
biólogo Giuseppe Puorto, membro do Conselho Regional de Biologia da 1ª
Região (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), porque esses
animais invadem as casas à procura de onde se alojar e em busca de
baratas, que se reproduzem mais nesta época do ano.
“Escorpiões se
alimentam de baratas, que são insetos domésticos, e que, nessa época do
ano, proliferam-se, já que as condições climáticas são favoráveis para
sua reprodução”, explica.
Mas você sabe como proceder se alguém da
sua família (ou você mesmo) for picado por um escorpião? Veja as
orientações da integrante da Coordenação de Vigilância em Saúde da
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, Vivian Ailt Cardoso:
1-
Lave o local da picada com água e sabão, depois faça uma compressa com
água morna, em seguida, procure imediatamente o centro de saúde mais
próximo de sua residência;
2- Se possível, capture o animal para posterior identificação;
3- Não impeça a circulação sanguínea, corte ou perfure ao redor da lesão;
4- Não coloque folhas ou pó de café no local do ferimento.
Quando
a pessoa picada chega ao centro de saúde, recebe apenas um medicamento
para aliviar sua dor, pois o organismo consegue se livrar da toxina do
escorpião naturalmente, segundo Giuseppe. A picada só leva à morte se a
pessoa tiver uma reação grave, causada por uma predisposição do corpo,
como um problema no pulmão, por exemplo. Além disso, de acordo com o
biólogo, idosos e crianças são considerados o maior grupo de risco.
Por
isso, cada caso é analisado no serviço de saúde. Se a pessoa tiver
reação, recebe um soro antiescorpiônico, que neutraliza as toxinas do
veneno circulante no corpo.
Esse soro está disponível na rede
pública de saúde. Em São Paulo, caso não exista no centro de saúde mais
próximo, a pessoa picada é encaminhada ao Hospital Vital Brazil,
localizado dentro do Instituto Butantan, na Avenida Vital Brasil, zona
oeste de São Paulo.
Segundo Giuseppe, a espécie mais perigosa nas
grandes cidades é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) e que a melhor
maneira de evitar a visita desses aracnídeos é manter os lugares limpos
e livres de entulhos. No quintal de casa, evite o acúmulo de telhas ou
de tijolos, por exemplo. “Se perto da casa tiver algum terreno baldio,
peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orienta o
biólogo.
Fonte: Pais & Filhos