Por unanimidade, três desembargadores do TJMG (Tribunal de Justiça de
Minas Gerais) avaliaram nesta quarta-feira (24) que houve erro de
cálculo na remissão (diminuição) da pena do goleiro Bruno Fernandes, condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Elliza Samúdio e cárcere privado do filho deles.
Na prática, o resultado adia a progressão do ex-arqueiro de Flamengo e
Atlético Mineiro para o regime semiaberto. Bruno havia sido beneficiado,
em 2017, com a remissão de pena calculada sob 142 dias de trabalho e 18
de estudos enquanto esteve detido no sistema prisional de Santa Luzia,
na região metropolitana de Belo Horizonte. Vale lembrar que o apenado
tem um dia de redução para cada três trabalhados ou estudados.
O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) entendeu que o cálculo não
estava correto e ajuizou um recurso questionando o benefício concedido a
Bruno. O agravo foi julgado nesta quarta-feira por três magistrados da
segunda instância, os quais concordaram com os argumentos da promotoria.
Desta forma, 40 dias serão retirados do cálculo da remissão. Bruno
precisa cumprir pouco mais de sete anos e meio para conseguir a
progressão para o semiaberto. Atualmente, sua pena ultrapassa pouco mais
de sete anos e quatro meses.
Ainda assim, o goleiro, que hoje cumpre pena em Varginha, no Sul de
Minas, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, aguarda a progressão de
regime para voltar aos gramados. No início de 2017, quando esteve em
liberdade por algumas semanas, aguardando um recurso, ele assinou
contrato com o Boa Esporte, clube da cidade, e jogou algumas partidas.
Mas a liminar que concedeu a liberdade foi derrubada.
R7