Justiça cancela apresentação de peça que traz Jesus como mulher trans; Sesc recorre de decisão




A 1ª Vara Cível da Comarca de Jundiaí, em São Paulo, decidiu interromper a exibição da peça de teatro O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, que estava em cartaz na unidade jundiaiense do Serviço Social do Comércio (Sesc). A informação foi confirmada pelo próprio Sesc em seu site oficial.Veja matéria completa no ESTADÃO

A peça, desde sua estreia, já havia levantado polêmica por trazer Jesus Cristo, nos dias atuais, encarnado na pele de uma mulher transexual, de acordo com a sinopse oficial. Criada pela dramatuga escosesa e transexual Jo Clifford, peça tem a atriz Renata Carvalho no papel principal da adaptação brasileira. 

A decição judicial, tomada pelo juiz Luiz Antonio de Campos Júnior em caráter de urgência na sexta-feira, 15, foi de acordo com o pedido impetrado pela advogada Virginia Bossonaro Rampin Paiva, que deu entrada ao processo contra o Sesc. 

Sesc recorre de decisão que cancelou apresentação de peça com Jesus como uma transexual. O Sesc decidiu recorrer da decisão judicial que impediu a apresentação do espetáculo O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, prevista para o dia 15, na unidade de Jundiaí. Uma liminar expedida pelo juiz Luiz Antonio de Campos Júnior atendeu a um pedido que vinha sendo articulado “há alguns dias por congregações religiosas, políticos e pelo TFP (Tradição, Família e Prosperidade)”.

A peça recria a trajetória de Jesus como uma transexual. Escrito pela inglesa Jo Clifford, nascida John, o texto seria uma forma de lidar com a religião a partir de 2006, quando decidiu mudar de sexo, aos 56 anos. A montagem, que traz a atriz trans Renata Carvalho no elenco, já teve sessões no Sesc Pinheiros em outubro do ano passado. 

Também publicou na redes sociais a sinopse da peça: “O espetáculo é uma mistura de monólogo e contação de histórias em um ritual que traz Jesus ao tempo presente, na pele de uma mulher transgênero. Histórias bíblicas conhecidas são recontadas em uma perspectiva contemporânea, propondo uma reflexão sobre a opressão e intolerância sofridas por transgêneros e minorias em geral. A peça provoca reflexão ao expor estes problemas sociais ao mesmo tempo em que emite uma mensagem de amor, perdão e aceitação. A questão da identidade travesti é elemento chave do espetáculo, que busca a transformação do olhar diante de identidades marcadas pelo estigma e pela marginalização”.




Fonte;http://www.vntonline.com.br/2017/09/justica-cancela-apresentacao-de-peca.html

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