Por Painel Folha/ SP
A voz de Ricardo Lewandowski anunciando o fim da votação ecoava da televisão da biblioteca do Palácio da Alvorada. Ao lado de Lula, Dilma Rousseff observava atenta a sessão que, após quatro meses, selaria seu destino. Aliados choravam, inclusive Rui Falcão, presidente do PT. O silêncio foi quebrado quando o placar mostrou o número de apoiadores da petista: 20. “Filho da puta!”, soltou Dilma, referindo-se a Telmário Mota (PDT-RR), que mudara de lado após promessa de cargos.
Até tu? Dilma também se decepcionou ao ver seu ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) votando a favor de sua inabilitação.
Tô voltando pra casa A ex-presidente tem dois destinos possíveis: Porto Alegre ou Rio, onde a mãe tem um apartamento. Paula, sua única filha, não apareceu para vê-la durante seu exílio do Planalto. Dizia que precisava cuidar do filho bebê. Mas assessores se ressentiam da ausência.
Por Diário do Poder
O PT deixou claro a Dilma Rousseff que fora da presidência da República ela virou peça descartável para o partido. Após o Senado destituí-la do cargo em definitivo, Dilma leu um vigoroso discurso de protesto contra o impeachment. Auxiliares próximos dizem que Dilma não sabe ainda o que vai fazer da vida, mas o “gelo” que já percebe no PT pode levá-la de volta ao PDT, o primeiro partido a que se filiou.
No PDT, Dilma dava uma assessoria a Leonel Brizola à distância, enviando-lhe um clipping diário de notícias, sua maior especialidade.
Dilma fez discurso cheio de mágoas, ontem, diante de uma pequena plateia na qual uma ausência foi muito notada: o ex-presidente Lula.
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